A Revolução da Inteligência Artificial no Marketing: Como o GenAI Está Transformando Campanhas Publicitárias

De acordo com especialistas, a IA generativa pode elevar a produtividade global em marketing em até US$ 3,3 trilhões, revolucionando a personalização e a criação de conteúdo.

No mundo do marketing, onde a criatividade e a inovação são fundamentais, uma nova força está emergindo: a inteligência artificial generativa (GenAI). Capaz de produzir desde animações estilo Pixar até campanhas publicitárias personalizadas, essa tecnologia está rapidamente se tornando essencial para empresas que buscam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

De acordo com um relatório recente da firma de capital de risco Andreessen Horowitz, a GenAI está prestes a transformar o cenário do comércio. Com o comportamento dos consumidores se fragmentando cada vez mais entre diferentes canais digitais, os marqueteiros enfrentam o desafio de criar campanhas personalizadas em larga escala. E é aí que a GenAI entra em ação, preenchendo essa lacuna com eficiência.

Os impactos financeiros dessa mudança impulsionada pela IA são impressionantes. Estimativas da McKinsey sugerem que a GenAI pode aumentar a produtividade global anual em marketing e vendas em até US$ 3,3 trilhões. Um exemplo prático é a empresa global de pagamentos Klarna, que afirma economizar US$ 10 milhões anualmente utilizando a GenAI para criação de imagens, reduzindo sua dependência de parceiros externos.

Kelwin Fernandes, CEO da NILG.AI, explicou como sua empresa aproveita essa tecnologia em quatro etapas: geração de ideias, produção, validação e reaproveitamento. “Você pode usar a IA para gerar ideias para suas próximas publicações, usando suas publicações anteriores como referência para produzir ideias diversas, mas consistentes”, disse Fernandes em entrevista ao PYMNTS. “Depois, pode aproveitá-la para escrever conteúdo no mesmo estilo e tom de voz da sua marca.”

A aplicação de ferramentas de IA em campanhas personalizadas e criação de conteúdo foi destacada por Garry West, diretor criativo da Imagefix: “A IA levou a personalização muito além dos dados demográficos básicos. Os co-pilotos de marketing impulsionados por IA usam segmentação granular e análises preditivas para entregar campanhas altamente personalizadas,” afirmou West ao PYMNTS.

Gurdeep Dhillon, CMO da Contentstack, uma plataforma de experiência digital composta, também compartilhou sua visão: “A IA permitirá que as empresas adaptem melhor e mais rapidamente as experiências digitais aos usuários individuais. Com a remoção das barreiras tecnológicas, os marqueteiros finalmente poderão alcançar as experiências digitais personalizadas que sempre desejaram.”

Mas o que isso significa para o futuro do marketing? A IA substituirá a necessidade de criatividade humana? Não exatamente, dizem os especialistas. A primeira fase da transformação do marketing pela IA envolve “co-pilotos de marketing”, automatizando tarefas rotineiras e liberando os marqueteiros para focarem em atividades estratégicas. Plataformas como Jasper e Copy.ai permitem a criação rápida de conteúdo para redes sociais e e-mails, enquanto HeyGen e Synthesia ajudam na produção de vídeos de qualidade de estúdio.

À medida que a IA avança, criará ativos alinhados à marca usando plataformas de dados de clientes, sites, pixels e códigos UTM, de acordo com o relatório. Os co-pilotos de IA também aprimorarão a segmentação de público e o planejamento de campanhas ao analisar grandes volumes de dados em tempo real.

No entanto, há desafios e preocupações associadas ao uso dessas ferramentas de IA. Fernandes alerta para possíveis desvios culturais organizacionais e preconceitos intrínsecos. West destaca preocupações com privacidade de dados e viés algorítmico, enquanto Dhillon menciona as limitações atuais da IA em adaptar o conteúdo ao tom de voz da marca de maneira autêntica.

Apesar dos desafios, o futuro da publicidade parece promissor e inovador, com a IA generativa trazendo uma nova era de eficiência e personalização. A grande questão é: os novos “Mad Men” serão uma mistura de criatividade humana e inteligência artificial?